quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

A Geografia é uma área do conhecimento fundamental, pelo fato de gerar as condições necessárias no sentido da “compreensão da realidade espacial”, do lugar onde se vive, bem como das relações entre sociedade e natureza. Neste sentido, a geografia, se constitui como um conhecimento que prioriza leitura do mundo, ou seja, o conhecimento da formação espacial e desenvolvimento espacial. E ainda, pontos conceituais relevantes para a análise do espaço como escala, extensão, localização, sistemas de coordenadas, paisagem. Como disciplina escolar, prioriza a partir das situações geográficas vivenciadas pelas estudantes novas formas de abordagem internacionalizada, principalmente no que se diz respeito a alfabetização geográfica. Logo abaixo segue questões de relevância dessa ciência. 


● O contato intencional e orientado com os conhecimentos geográficos é uma oportunidade para compreender o mundo em que se vive. Neste caso, os estudantes precisam ser estimulados a pensar espacialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico. 



● A alfabetização cartográfica (ler e interpretar o espaço próximo ou distante através de símbolos que se relacionam entre si) cria condições para que o estudante leia o espaço vivido e escreva sobre um determinado fenômeno observado. 


● O processo de alfabetização cartográfica ocorre de forma gradual, em função da complexidade das relações, dinâmicas e dos fenômenos estudados, da faixa etária do estudante e da necessidade de construção de referenciais espaciais. 

● O Currículo Paulista de Geografia do Ensino Fundamental está organizado com base nos princípios e conceitos da Geografia contemporânea (engloba temas que se relacionam diretamente com outras áreas do conhecimento, tais como História, Economia, Política Internacional, entre outras). 

● O foco do ensino de Geografia hoje está no estudo do espaço geográfico, conceito que pode ser entendido como produto das relações sociais, econômicas, políticas, culturais, simbólicas e ambientais que nele se estabelecem. Nessa perspectiva, as relações definidas entre os elementos naturais e os construídos pela atividade humana, são regulados pelo “tempo da natureza” (processos bioquímicos e físicos, responsáveis pela produção e interação dos objetos naturais) e pelo “tempo histórico” (marcas acumuladas pela atividade humana como produtora de artefatos sociais). 

● É importante ressaltar que constam do organizador curricular as habilidades para cada ano do Ensino Fundamental e que cabe ao professor recorrer aos diferentes materiais de apoio e tipos de recursos pedagógicos, para ampliar as possibilidades de trabalho de acordo com as especificidades do componente e da área de conhecimento e para garantir a interdisciplinaridade, a integração com habilidades de outras áreas e a articulação com as competências gerais da BNCC. 

● As diferentes fontes permitem diversificar os meios de informação e enriquecem o tratamento didático dos diversos temas. 

● Em uma mesma atividade a ser desenvolvida pelo professor, os alunos podem mobilizar, ao mesmo tempo, diversas habilidades de diferentes unidades temáticas. 

● O Currículo Paulista de Geografia apresenta cinco unidades temáticas para o Ensino Fundamental, ao longo dos nove anos: “O sujeito e seu lugar no mundo”, “Conexões e escalas”, “Mundo do trabalho”, “Formas de representação e pensamento espacial” e “Natureza, ambientes e qualidade de vida”. 

● As cinco unidades temáticas para o Ensino Fundamental foram organizadas visando a construção progressiva dos conhecimentos geográficos, segundo um processo pautado na investigação e na resolução de problemas, com ênfase na aprendizagem dos conceitos e princípios geográficos a partir de diferentes linguagens. 

● É fundamental uma atenção cuidadosa na transição do 5º ano (Anos Iniciais) para o 6º ano (Anos Finais) e na transição do 9º ano (Anos Finais) para a 1ª série (Ensino Médio), no que se refere à progressão das habilidades e à complexidade dos conceitos e conteúdos trabalhados na Geografia.


BNCC-Competências de Geografia                     Currículo Paulista - Competências de Geografia
  1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
  1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/ natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas;
  1. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.
  1. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história;
  1. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
  1. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem;
  1. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
  1. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas;
  1. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
  1. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia;
  1. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
  1. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza;
  1. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
  1. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.




Referências:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2019. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf> . Acesso em: 28 jan. 2020.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista. Disponível em:
<http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/pdf/curriculo_paulista_26_07_2019.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2020.



Cite este trabalho
SANTOS JUNIOR, Ademir B. dos. Componente curricular: geografia. Blogger, 2020. Disponível em:&https://profademirjunior.blogspot.com/2020/02/componente-curricular-geografia.html>. Acesso em:

A TRANSIÇÃO DOS ANOS INICIAIS PARA OS ANOS FINAIS

Compreender a transição dos estudantes, dos Anos Iniciais (1 ao 5 )aos Anos Finais (6 ao 9), por parte dos profissionais da educação, requer tanto um olhar pontual como atenção especial, pois se trata de um processo de transformações biológicas, psicológicas, sociais, emocionais e cognitivas. 

Estudantes que acessaram os Anos Iniciais aproximadamente aos 6 (seis) anos concluem esta primeira etapa da educação aproximadamente aos 10 (dez) anos de idade. Logo, no 6º ano, estes estudantes modificam as relações sociais e os laços afetivos, intensificam suas relações com os pares de idade, acelerando o processo de ruptura com a infância na tentativa de construir valores próprios.

Em relação ao processo de alfabetização nos Anos Iniciais, os estudantes desenvolveram a capacidade de representação, imprescindível para a aprendizagem da leitura e escrita cujo desenvolvimento também se associa aos usos sociais de onde vêm as crianças.

Já na faixa etária entre 10 e 11 anos, ampliam-se as possibilidades cognitivas, o que resulta na capacidade de realização de raciocínios mais abstratos, pois agora possuem a capacidade de ver as coisas a partir do ponto de vista dos outros. Esta habilidade de descentralização é importante na construção da autonomia, protagonismo, atitudes e valores éticos.

Destarte que, essa condição permite intensificar na aprendizagem de novas habilidades e competências que são pertinentes aos componentes da História e Geografia.

A gestão pedagógica, os docentes, funcionários, bem como a comunidade escolar devem ficar atentos a esse processo de desenvolvimento, no qual buscarão métodos de trabalho pedagógico, diálogo com os estudantes e sempre, dando ênfase aos aspectos da intencionalidade, assim como garantir continuidade ao processo de aprendizagem.

ATITUDE HISTORIADORA: BNCC E CURRÍCULO PAULISTA

De acordo com Marc Bloch na sua famosa obra "Apologia da História: ou o ofício do historiador" a História, enquanto Ciência é o estudo do homem no tempo. Para este importante historiador, a História não deve ser reduzida ao estudo apenas do passado (passado pelo passado) ou ser associado apenas aos aspectos da (arte). Trata-se de uma ciência interpretativa com métodos próprios, abordagem teórica e epistemologia, isto é, condições necessárias para à produção do conhecimento científico. Sobre o Componente Curricular em História pode ser considerado alguns pontos importantes:

● O saber histórico na sala de aula possibilita um duplo movimento, pois de um lado, tenta-se compreender aspectos do presente por meio do passado, bem como reelaborar a história a partir de novos questionamentos. E ainda, contribuir para a construção das identidades dos diferentes grupos que constituem a sociedade.

● A aprendizagem de História é um exercício importante de humanização e socialização, pois nos coloca em contato com o outro por meio do conhecimento de outras experiências humanas, em lugares e épocas distintas. 
● Na BNCC, um dos principais objetivos do componente curricular é estimular a autonomia de pensamento por intermédio do reconhecimento de diferentes sujeitos, histórias, condutas, modos de ser, agir e pensar sobre o mundo. De acordo com o Currículo Paulista o estudante é um ser ativo no seu processo de aprendizagem. Essa forma de aprender e ensinar contribui para a formação do estudante como protagonista. 
● Um dos desafios que se coloca é a necessidade de estudantes e professores assumirem uma “atitude historiadora”, dando destaque ao uso das fontes históricas em suas diferentes linguagens, realizando progressivas operações cognitivas com as fontes para descrevê-las, analisá-las, compará-las, questioná-las, produzir um discurso sobre o passado e compará-lo com outros discursos já produzidos.

● O termo “atitude historiadora” refere-se ao movimento que professores e estudantes devem realizar para se posicionarem como sujeitos frente ao processo de ensino e aprendizagem indo a campo (professores e alunos) para observar contextos, entrevistar pessoas, consultar arquivos, bibliotecas, centros de documentação, visitar os lugares de memória, os museus, explorar acervos digitais, coletar e analisar materiais e, por fim, criar seus próprios registros (como, por exemplo, até mesmo centros de memória na própria escola).

Priorizar métodos investigativos em comum e de temáticas semelhantes. (Re)conhecer, identificar, pesquisar, classificar, comparar, diferenciar, interpretar, compreender, analisar, refletir criticamente, criar/produzir conhecimento a respeito das sociedades humanas em diferentes tempos e espaços, mobilizando várias linguagens (textuais, iconográficas, cartográficas, materiais, orais, sonoras e audiovisuais).

● O que se tem de desafiador em relação a “atitude historiadora” está no uso das fontes históricas em suas diferentes linguagens: escritas (cartas, jornais, inventários etc.); orais (entrevistas, relatos etc.); imateriais (como festas, saberes populares e tradição oral) e materiais (tais como: objetos, construções e indumentária); audiovisuais (inclusive ficcionais); cartográficas e iconográficas (pinturas, desenhos, fotografias, entre outros). 
● As diferentes fontes permitem diversificar os meios de informação e enriquecem o tratamento didático dos diversos temas. 

● No Currículo Paulista, algumas habilidades foram criadas com o objetivo de desenvolver aprendizagens sobre o percurso histórico do Estado de São Paulo e da sua população.

● Assim, no ciclo de alfabetização (1º e 2º ano), propõe-se o estudo do contexto do estudante: o conhecimento de si, do outro, da família, da escola e da comunidade, em continuidade aos saberes desenvolvidos na Educação Infantil, por meio do campo de experiência: “O eu, o outro, o nós”.

● No 3º ano, amplia-se o objetivo para o estudo da trajetória do município e dos grupos que o formaram. 

● No 4º e 5º ano há uma alteração significativa, tendo em vista o que tradicionalmente é aprendido nesta fase, em que a História se desloca do particular e da localidade onde se vive para tempos e espaços mais longínquos.

● Assim, alguns temas geralmente trabalhados no 6º ano migraram para o 4º e 5º, como o surgimento dos seres humanos e o nomadismo, tendo como ponto de partida o tempo presente marcado por intensos e sucessivos movimentos migratórios. Outros objetos de conhecimento como o aparecimento da escrita, da agricultura e de outras tecnologias também podem garantir esta progressão.

● Além da BNCC, a educação integral do estudante também remete aos 4 Pilares da Educação, apresentada no relatório da UNESCO para a educação no século XXI, com destaque para uma educação que ultrapassa a aprendizagem sobre técnicas e que define os saberes essenciais: aprender a conhecer, aprender a ser, aprender a conviver e aprender a fazer.

● Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano, a abordagem cronológica, mais comum, foi preservada como na BNCC. Além das temáticas tradicionais, com ênfase nas experiências brasileiras e latino-americanas, procurou-se destacar o papel das mulheres, além do engajamento e das conquistas dos grupos marginalizados na história. 

● Já no componente de História a estrutura segue a divisão do “quadripartismo histórico” (Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea).

● Estruturado ano a ano, em unidades temáticas, habilidades e objetos do conhecimento e foram acrescentadas duas competências para contemplar a contextualização atual com ênfase nas experiências brasileiras e latino-americanas (mulheres, marginalizados, por exemplo).

Competência 8. Compreender a história e a cultura africana, afro-brasileira, imigrante e indígena, bem como suas contribuições para o desenvolvimento social, cultural, econômico, científico, tecnológico e político, e tratar com equidade as diferentes culturas.

Competência 9. Compreender, identificar e respeitar as diversidades e os movimentos sociais, contribuindo para a formação de uma sociedade igualitária, empática, que preze pelos valores da convivência humana e que garanta direitos.

BNCC - Competências específicas de História               Currículo Paulista - Competências Específicas de História
1.    Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
1.     Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
2.    Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
2.     Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica
3.    Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
3.     Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
4.    Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
4.     Identificar interpretações que expressam visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
5.    Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.
5.     Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.
6.    Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica.
6.     Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos da produção historiográfica.
7.    Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.
7.     Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação, posicionando-se de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

8.     Compreender a história e a cultura africana, afro-brasileira, imigrante e indígena, bem como suas contribuições para o desenvolvimento social, cultural, econômico, científico, tecnológico e político e tratar com equidade as diferentes culturas.

9.     Compreender, identificar e respeitar as diversidades e os movimentos sociais, contribuindo para a formação de uma sociedade igualitária, empática, que preze pelos valores da convivência humana e que garanta direitos.


Referências:


BLOCH, Marc Leopold Benjamim. Apologia da História: ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2019. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf> . Acesso em: 28 jan. 2020.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista. Disponível em:
<http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/pdf/curriculo_paulista_26_07_2019.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2020.



Cite este trabalho
SANTOS JUNIOR, Ademir B. dos. Componente curricular: história. Blogger, 2020. Disponível em: &https://profademirjunior.blogspot.com/2020/02/componente-curricular-historia.html>. Acesso em:

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

ESTRUTURA DE PARÁGRAFO EM TCC


Para que um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) seja bem elaborado é importante observar a estrutura de cada parágrafo. O pesquisador precisa ter consciência que a escrita acadêmica, além da norma culta da língua, também deve ser observada quanto aos aspectos metodológicos.

Então, o parágrafo deve ter início, sustentação e conclusão. Quando não ocorre a conclusão, no parágrafo subsequente deve-se sempre complementar o anterior, como um todo. Geralmente, um parágrafo pode conter entre cinco (5) a dez (10) linhas, todavia não há uma regra geral para determinar a sua extensão. O que se espera é que o pesquisador tenha bom-senso na elaboração.

A cada parágrafo o pesquisador deve inserir os conteúdos seguindo procedimentos metodológicos (sustentando, argumentando e concluindo). É relevante ressaltar que à cada parágrafo novo é importante complementar o anterior, por sua totalidade. A prática da escrita, deve ser desenvolvida, por isso, a leitura contribui muito. A partir, da leitura as ideias e amarrações serão sequenciais.

Em cada parágrafo deve haver sustentação do que se está argumentando, ou seja, a escrita precisa estar apoiada em uma literatura onde autores já espreitaram sobre o assunto. É inconcebível na produção textual, o uso coloquial de achismos, bem como ser desenvolvido na primeira pessoa do singular (EU) ou na primeira pessoa do plural (NÓS).

No caso de se utilizar a primeira pessoa do singular (eu acredito que) ou na primeira do plural (nós pensamos que) indica a pessoalidade no texto. No caso (nós pensamos) considerando que o trabalho é de exclusividade do pesquisador, não cabe a primeira pessoa do plural – nós quem?

De acordo com Nunes (2003), a comunicação científica deve ter um caráter formal. O adequado é utilizar expressões impessoais como por exemplo: (conclui-se que – percebe-se na leitura do texto – é válido supor – conforme visto no item anterior).

Cabe ressaltar que a escrita é elaborada para que outros leiam, por isso, o pesquisador precisa se fazer entendido. Como mencionam os autores Prodanov e Freitas (2013) é muito importante observar alguns outros atributos que conferem qualidade ao texto, tais como: possuir autonomia autoral com criticidade e posicionamento, ter precisão na utilização de termos e expressões, utilizar linguagem fluída, informativa sem redundâncias e repetições viciosas, primar pela adequação linguística, evitar rebuscamentos que obscurecem o sentido e que podem causar ambiguidades e incompreensões de sentidos.

Enfim, a cada parágrafo elaborado e desenvolvido, a ideia central é defender a tese com evidências e argumentos claros e sólidos.

Referência:

NUNES, Luis Antonio Rizzatto. Manual da monografia: como se faz uma monografia. São Paulo: Saraiva, 2003.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do Trabalho Científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Nova Hamburgo/RS: Universidade FEEVALE, 2013.

Cite este trabalho
SANTOS JUNIOR, Ademir B. dos. Estrutura de parágrafo em tcc. Blogger, 2019. Disponível em: &https://profademirjunior.blogspot.com/2020/02/estrutura-de-paragrafo-em-tcc.html
>. Acesso em:

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

DICAS PARA ELABORAR UM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) normalmente é ofertado como disciplina em cursos de Graduação e Pós-Graduação em Instituição de Ensino Superior. No geral, ocorre na etapa final do curso escolhido, pelo simples fato do aluno já ter passado por diversas disciplinas, principalmente as teóricas, tomado ciência de vários materiais de pesquisa, bem como desenvolvido as competências para a produção de textos científicos. 



A leitura de diversos conteúdos de produção da pesquisa acadêmica potencializa no aluno um novo repertório de conceitos, termos e palavras técnicas própria do âmbito universitário. Neste breve texto, o objetivo é fornecer um caminho para aquele estudante que precisa visualizar um formato rápido, e a partir disso iniciar a produção textual. Sendo assim, disponibilizo algumas dicas/sugestão para que você leitor inicie seu TCC. 



ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 



Capa – Obrigatório: (Nome da instituição, Curso, Nome do aluno, Título, Cidade e estado, Ano). 



Folha de rosto – Obrigatório: (Nome da instituição, Curso, Nome aluno, Título, Nota descritiva: Trabalho desenvolvido para a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Bacharelado em XXXXXX da Universidade XXXXXXXX), Cidade e estado, Ano. 

Dedicatória – Opcional: espaço onde você pode homenagear pais, irmãos, professores e até mesmo Deus. 

Agradecimentos – Opcional: usado geralmente como espaço onde o pesquisador, expressa sua gratidão por aquelas pessoas ou instituição que o auxiliaram com informações ou apoiaram de alguma forma relevante. 

Epígrafe – Opcional: frases e pensamentos de autores consagrados. 

Resumo – Obrigatório: texto obrigatório, produzido para descrever de modo sintético os objetivos do trabalho, bem como os procedimentos ou métodos adotados para a elaboração da pesquisa. É fundamental que apresente justificativas, resultados e conclusões. De acordo com as Normas da ABNT, o texto deve ser redigido em parágrafo único e conter aproximadamente 500 palavras. 

Abstract – Opcional: versão do resumo em outra língua (normalmente em inglês). 

Palavras chave: também conhecidas como descritores em trabalhos de pesquisa acadêmica e a quantidade média é de 3 (três) a 5 (cinco). A função desses descritores é facilitar a identificação do trabalho ou localização em base de dados. 

Sumário – Obrigatório: o sumário é a enumeração das divisões, seções, capítulos e outras partes do trabalho. Cada um desses títulos deve ser acompanhado pelo número da página correspondente. 

Lista de ilustrações (opcional): cada uma das listas deve ser inserida em uma página cujo objetivo é facilitar a localização. Também é fundamental que as ilustrações, tabelas e quadros no corpo do texto estejam acompanhados de uma legenda que indique as fontes originais de consulta. No caso de abreviaturas e siglas devem ser acompanhadas de seu respectivo significado em uma página. 

Lista de Anexos – Opcional: anexos são textos ou documentos não elaborados pelo autor. A identificação é feita por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Pode servir como objeto de comprovação e/ou de ilustração. 

Lista de Apêndices – Opcional: apêndices são textos ou documentos elaborados pelo autor. Trata-se de um elemento opcional, visto como recurso de complementação do estudo, consistindo em tirar a quebra de documentos organizados ou produzidos pelo próprio pesquisador. 

Lista de abreviaturas e siglas – Obrigatório: correspondente de palavras ou expressões.

ELEMENTOS TEXTUAIS

Introdução: Texto explicativo sobre o trabalho como um todo, isto é, apresentando o tema do projeto, o problema a ser explanado, as hipóteses, os objetivos a serem alcançados e as justificativas, e uma breve explicação sobre os procedimentos metodológicos a serem utilizados, baseando-se em obras de autores contemplados pelo pesquisador. 

1. Referencial Teórico: O referencial teórico (fundamentação teórica) é a parte do seu trabalho que abrange os assuntos mais importantes que serão tratados em sua pesquisa. Neste sentido, possibilita fundamentar, dar consistência a todo o estudo, norteando a pesquisa. Assim, deve ser utilizada uma literatura (da área de pesquisa) para dar embasamento ao tema escolhido e subsidiar toda a pesquisa. Um fator importante de atenção por parte do pesquisador está no fato de atenção para não serem inseridas citações desconexas junto ao tema, ou apresentar cópias de ideias comprometendo a análise da pesquisa. 

1.1 

1.2 

1.3 

2. 

2.1 

2.2 

2.3 

3. 

3.1 

3.2 

3.3 

Considerações Finais: parte em que é retomado o passo a passo do desenvolvimento do estudo, com os respectivos resultados que surgem após o estudo aprofundado do tema do trabalho. É importante ressaltar que considerações finais não têm a finalidade de “concluir” o tema pesquisado, uma vez que outros pesquisadores e estudiosos podem se debruçar sobre o mesmo tema e propor novas contribuições, por isso, a relevância de consideração do pesquisador nesse ponto. 


PÓS-TEXTUAIS 

Referências bibliográficas – Obrigatório: as referências indicam as obras ou documentos efetivamente consultados e referidos pelo pesquisador no trabalho acadêmico. Podem ser compostas de documentação impressa ou eletrônica e devem ser listadas em ordem alfabética pelo sobrenome dos autores. Todas as referências utilizadas no corpo do texto devem estar mencionadas neste item. 

Bibliografia – opcional: a bibliografia é composta pela lista de publicações consultadas pelo pesquisador, mas que não foram citadas no trabalho. É muito comum pesquisadores realizarem uma leitura flutuante (contato com obras) de alguns autores. 

Apêndices – Opcional: apêndices são textos ou documentos elaborados pelo autor. Trata-se de um elemento opcional, visto como recurso de complementação do estudo, consistindo em tirar a quebra de documentos organizados ou produzidos pelo próprio pesquisador. Exemplo: 

APÊNDICE A – Título do apêndice 

APÊNDICE B – Título do apêndice 

Anexos – Opcional: anexos são textos ou documentos não elaborados pelo autor. A identificação é feita por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Pode servir como objeto de comprovação e/ou de ilustração. Exemplo: 

ANEXO A – Título do anexo 

ANEXO B – Título do anexo 

Glossário – Opcional: o glossário é uma lista de palavras com termos técnicos e suas respectivas definições organizadas em ordem alfabética, com o objetivo de esclarecer expressões técnicas, ou seja, palavras que não têm um significado de conhecimento comum. 


FORMATO DO TRABALHO (ABNT)

  • Formato: Papel em branco, formato A4 (21 X 29,7cm). 
  • Fontes: Tamanho Fonte: Arial ou Times New Roman12 para todo trabalho. 
  • Fonte Citação Corpo do Texto: Arial ou Times New Roman e tamanho 11 para citações com mais de três linhas e com recuo e régua na marcação 4. 
  • Notas de roda pé, paginação, legenda e fonte das ilustrações e das tabelas; Arial ou Times New Roman e tamanho 10. 
  • Título: Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 14 para em maiúsculo e negrito. 
  • Subtítulo Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12 para em minúsculo. 

MARGEM

  • Margem esquerda e superior de 3 cm, direita e inferior 2 cm.
  • Recuo de primeira linha do parágrafo: 1,25 cm (1 Tab), a partir da margem esquerda.
  • Recuo de parágrafo para citação com mais de três linhas: 4 cm da margem esquerda. Alinhamento do texto: utilizar a opção “Justificado” do programa Word.
  • Alinhamento de título e seções: utilizar a opção “Alinhar à Esquerda” do programa Word.
  • Alinhamento de título sem indicação numérica (RESUMO, ABSTRACT, LISTAS, SUMÁRIO e REFERÊNCIAS): utilizar a opção “Centralizado” do programa Word.
  • Resumo e Abstract (sem espaçamento e recúo), apenas centralizado.



ESPAÇAMENTO 

  • Espaço “Entrelinhas” do texto: 1,5 cm
  • Citações de mais de três linhas, 1,5 cm
  • Espaçamento simples é utilizado para: Notas de roda pé, referências, ficha catalográfica, legendas e fontes das ilustrações e tabelas;
  • Os títulos das seções e subtítulos devem começar no anverso na parte superior da margem esquerda da folha e separados do texto por um espaço de 1,5 cm e os subtítulos também devem ser separados do texto por um espaço de 1,5 cm entrelinhas.
  • Títulos que ocupem mais de uma linha, a partir da segunda linha devem ser posicionados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.



PAGINAÇÃO 

  • As folhas do trabalho devem ser contadas, sequencialmente, a partir da folha de rosto e numeradas a partir da Introdução. Os números devem ser escritos em algarismos arábicos e alinhados a 2 cm da margem direita e da margem superior. Trabalhos digitados a numeração das páginas devem ser colocadas no canto inferior direito.


Cite este trabalho SANTOS JUNIOR, Ademir B. dos. Dicas para elaborar um trabalho de conclusão de curso. Blogger, 2019. Disponível em: &https://profademirjunior.blogspot.com/2020/02/dicas-para-elaborar-um-trabalho-de.html>. Acesso em:

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

PLANO SEMANAL DE ESTUDO

Estudar de forma eficiente relacionando o mundo do trabalho, lazer e cuidado com a saúde, exige muita coerência e planejamento relacionado aos estudos. Durante a graduação, o aluno precisa cumprir diversas disciplinas, se dedicar a várias leituras, atividades extracurriculares, cálculos, atividades avaliativas e provas. Tudo isso, pode ser realizado de forma funcional e eficaz se o estudante montar um ciclo organizacional de estudos.

Pode parecer redundante, todavia, para se alcançar bons resultados, o primeiro passo para o sucesso no processo educacional é a organização. O Aluno que estuda em ambiente virtual de aprendizagem (AVA), deve perceber como a rotina de vida influência nas suas horas dedicadas ao estudo.

Uma dica importante é definir o local para você estudar, um ambiente favorável ao seu aprendizado. A estrutura do ambiente pode influenciar diretamente na concentração, por isso, é importante que seja um local tranquilo e que estes momentos sejam rotineiros, como você faria se estivesse no presencial. Quando o ambiente é iluminado, arejado e com recursos adequados, auxiliam o estudante para que seu cérebro não fique confuso. A poluição visual e sonora poder incomodar bastante e comprometer no rendimento.


A sugestão é para que você, estudante, após a definição de um local adequado e seu horário de estudos, defina e escolha uma metodologia confortável para que possa obter bons resultados durante seu percurso formativo. É importante ressaltar que, não existe um limite de tempo diário para estudar e aprender. Cada indivíduo deve conhecer o seu tempo de estudos e aproveitar da melhor forma possível.

O modelo abaixo permite que você elabore um Plano de Estudo Semanal de forma que: 


1 – Organize uma rotina; 

2 – Defina o seu cronograma de estudos; 

3 – Planeje uma grade com horários de estudos; 

4 – Separe as disciplinas para estudar; 

5 – Divida o tempo de estudo de cada disciplina; 

6 - Perceba quantas horas semanais você se dedica aos estudos; 

7- Potencializar novas competências e habilidades na modalidade ensino a distância. 

As dicas aqui não têm a pretensão de esgotar o assunto. Encontrar novos métodos de estudo e organização se faz pertinente a qualquer estudante que queira lograr bons resultados.

Cite este trabalho
SANTOS JUNIOR, Ademir B. dos. Plano semana de estudo. Blogger, 2019. Disponível em: <https://profademirjunior.blogspot.com/2020/02/plano-semanal-de-estudo.html>.Acesso em: