quarta-feira, 28 de setembro de 2016

OS CÃES DE SERVIÇO

Só a pessoa com deficiência de mobilidade sabe ao certo como é se locomover em uma cadeira de rodas, pegar ônibus, metrô, achar uma vaga exclusiva de estacionamento adequada e desocupada, abrir e fechar portas ou pegar a chave que caiu no chão. Mas com certeza, se essa pessoa tiver um Cão de Serviço, a sua rotina será mais alegre e prática, afinal de contas, além de ter um companheiro fiel, o Cão de Serviço executa tarefas em benefício da pessoa com deficiência, aumentando sua independência.





Toddy no movimento superação

Os Cães de Serviço são divididos por categorias, cada um com suas particularidades, mas todos igualmente especiais e importantes. Existem os cães treinados para auxiliar autistas, para diabéticos, de alerta e de mobilidade.

Os cães para autistas aprendem a deitar no chão, impedindo que uma criança saia correndo e fuja. Os cães para diabéticos avisam quando há grandes variações do índice glicêmico através do cheiro que a pessoa exala. Os cães de alerta, por sua vez, avisam pessoas próximas quando a pessoa está tendo uma crise de alergia ou epilepsia. E os cães para mobilidade, como é o caso dos cães para cadeirantes, e que são o foco principal do Cão Inclusão, auxiliam na mobilidade e no cotidiano da pessoa.

Os Cães de Serviço para Cadeirante são treinados para ajudar em tarefas como abrir e fechar portas, chamar o elevador, trazer objetos como o telefone e o cobertor e inclusive, a chamar outra pessoa na casa em caso de emergência. Todo o treinamento é personalizado e planejado de acordo com as necessidades e a rotina da pessoa que ficará com ele e o tempo de trabalho desses cães é em média, de seis a oito anos. O cão se torna fundamental na hora em que o cadeirante precisa realizar algo que seria muito difícil de fazer sozinho. Que linda parceria né?

No Brasil, esta categoria de Cães de Assistência ainda não é muito conhecida, inclusive, não há leis que garantam a permanência deles em locais públicos, como ocorre com o Cão-Guia, mas a necessidade e o benefício que eles trazem à pessoa com deficiência de mobilidade são tão grandes que também merecem um espaço na sociedade. Acredita-se que com o reconhecimento desses benefícios, conseguiremos leis que garantam a permanência dos Cães de Serviço em locais públicos como transporte público, cinemas, escolas, restaurantes, centros comerciais, entre outros.

Vale ressaltar que a formação da dupla é feita a partir das características individuais do Cão de Serviço como seu temperamento, comportamento e nível de energia, e com base nessas avaliações, a pessoa com deficiência é escolhida. Analisa-se toda a rotina da pessoa, seu nível de atividade e independência para maximizar as chances da dupla ser bem-sucedida.


                                                    Toddy no parque Ibirapuera

Cães de Assistência
A vida é feita de momentos. Momentos bons, outros ruins, alguns difíceis, outros surpreendentes. Viver é uma arte que desvenda muitos sentimentos e o amor é um deles. Imagine receber um amor incondicional todos os dias, que te ajude nas tarefas cotidianas, que seja seu melhor amigo, um parceiro fiel. Este é Cão de Assistência.






Toddy, Cão de Serviço da Cão Inclusão









Os cães de assistência são fundamentais para auxiliar pessoas com deficiência em sua rotina, trazendo mais autonomia, liberdade, confiança e principalmente, companheirismo. Eles são extremamente sociáveis, adoram pessoas e outros cães, sabem conviver muito bem em qualquer ambiente e em diversas situações. São dóceis, não podem apresentar nenhum sinal de agressividade e em atividade, permanecem tranquilos e focados. Respondem aos comandos de obediência básicos como o Senta, Deita, Fica e estar “ao lado”, e também a pelo menos outros três comandos de tarefas que beneficiem a pessoa com deficiência, dentro e fora de casa.



 O treinamento deles é minucioso e preciso - cada etapa deve ser seguida respeitando o tempo de aprendizado do cão e o seu bem-estar. As etapas vão desde a seleção genética do cão, a passagem por famílias socializadoras que são fundamentais no primeiro ano de vida dele, depois o treinamento específico até a formação e o desenvolvimento da dupla, onde a pessoa é escolhida conforme o temperamento e a personalidade do cão e não o inverso. O Cão Inclusão faz o acompanhamento vitalício da dupla e fica responsável pela aposentadoria do cão.