sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Correlação de características do meio biofísico dos Parques Estaduais de Campos do Jordão, SP.

Resumo do texto: Correlação de características do meio biofísico dos Parques Estaduais de Campos do Jordão, SP.
O texto resumido foi publicado como artigo na Acta Botânica Brasilica/UEFS em Feira de Santana - Bahia, 1988. Os autores tem como objetivo correlacionar a topografia, vegetação, aspectos climáticos, geomorfológicos e biofísicos do Parque Estadual de Campos do Jordão situado no Estado de São Paulo, região do sudeste brasileiro.
A metodologia utilizada nessa pesquisa baseia-se na fotointerpretação de imagens e outras representações cartográficas possibilitando o processo de análise da paisagem, e ainda outros aspectos do meio.
Segundo os autores, o fato de ter ocorrido um processo de ocupação de terras sem quaisquer planejamento no Estado de São Paulo reduziu a área de mata original em 5%, portanto ao pesquisar matas originais possibilitam uma maior compreensão dos processos geomorfológicos da região, e justificam a importância do trabalho.
O resultado da pesquisa é que as características daquela paisagem relevam a distribuição da vegetação de campo e mata constituindo um mosaico com certa organização relacionada às formas de relevo e às formações superficiais, e ainda as relações antrópicas. Os autores concluem que se faz necessário uma pesquisa mais ampla ou continua em que cada fator possa ser detectado nas diferentes unidades fito-fisionômica.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ROBIM, Maria de Jesus; PFEIFE, Rui Marconi. Correlação de características do meio biofísico dos Parques Estaduais de Campos do Jordão, SP. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abb/v2n1s1/v2n1s1a15.pdf. Acesso em: 14 fev 2012.

Karl Ritter e Alexander Von Humboldt: histórias e métodos


Mesmo a Geografia já ter sido praticada desde os tempos antigos, pelos gregos principalmente, foi no século XIX que ela se consolidou enquanto ciência moderna, isto é, com o seu próprio objeto de estudo e o seu método científico bem definido. Alexander Von Humboldt (1779-1859) e Karl Ritter (1779-1859) foram responsáveis pela adoção e uso exclusivo da razão para explicar o espaço e suas características físicas e humanas, rompendo com os pensamentos até então marcados pela presença de mitos, crenças e superstições. Por exemplo, basta olhar as cartas de navegação durante a expansão ultramarina que encontraremos menção a monstros marinhos. Observe as imagens abaixo:








Embora fossem contemporâneos Karl Ritter e Alexander Von Humboldt e também da mesma classe social, entretanto com formação acadêmica diferente. Karl Ritter tinha sua formação ligada à Filosofia e a História, suas pretensões se baseava no saber científico da geografia a partir de uma metodologia sistematizada e organizada, de fato pressupunha que a geografia do período se encontrava sem nenhuma base teórica e científica.

Seu principal objetivo foi unir seus estudos enquanto pesquisador da geografia com a Filosofia, dessa forma aproximava a natureza e toda sua complexidade ao mesmo tempo demonstrando suas influências sobre a história da humanidade. Ritter se opunha a Humboldt, pois acreditava que a ciência era uma forma de relação entre o homem e o criador, pensamento pouco apreciado pelos positivistas que entendiam a ciência como forma constitutiva da tecnologia; ou seja, a fundamentação no saber científico, técnico ou instrumental.

Alexander Von Humboldt foi naturalista e realizava grandes estudos sobre geologia e botânica. Seu método baseava-se na observação, donde extraia uma reflexão técnica. Foi especialista em catalogar espécimes das mais variadas achadas em suas viagens. Fato que contribuía com o pensamento imperialista de sua época, visto que os europeus buscavam recursos minerais a fim de expandir sua capacidade industrial, entre outros.

Uma de suas grandes contribuições foi a documentação produzida em suas viagens pela América do Sul, o que também resultou no reconhecimento de maior difusor da geografia física do período. É importante ressaltar que atendia os interesses positivistas pelo seu método de sistematizar, descrever, classificar e catalogar espécimes que eram até então desconhecidos.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

MORAES, Antônio Carlos Robert. GEOGRAFIA - PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA. São Paulo, Ed. HUCITEC, 1983.