Observe
a representação da Mata Atlântica no Século XV e atualmente:
Mata Atlântica é o nome popular dado à floresta tropical
atlântica que se distribui em milhares de fragmentos da região litorânea aos
planaltos e serras do interior, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.
Originalmente, essa formação vegetal ocupava uma área de 1.300.000 km², em
áreas de 17 estados (PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, ES, RJ, MG, GO, MS, SP,
PR, SC, RS), ocorrendo de forma contínua entre RN e RS. Estreita na Região
Nordeste, ela alargava-se para o Sul, até atingir sua largura máxima na bacia
do Rio Paraná, penetrando, inclusive, no Paraguai e Argentina. Atualmente sua
área fica em torno de 6 a 8% do original.
Os tipos climáticos da Mata Atlântica variam de quentes e
úmidos a moderadamente frios. Tais climas são caracterizados por temperaturas
altas, elevada umidade relativa do ar, precipitações abundantes, nevoeiros
frequentes em algumas áreas e intensa luminosidade.
A exploração do pau – brasil marcou o processo da colonização portuguesa
no século XVI. Quando os portugueses chegaram à América, a Mata Atlântica
cobria cerca de 15% do território atual. Atualmente, há, aproximadamente,
apenas 7% da cobertura original do território brasileiro.
Dentro da riquíssima fauna desse bioma, algumas espécies como
a onça pintada, onça parda, cateto, papagaios, corujas, queixada, anta e muitos
outros, possuem ampla distribuição e são encontrados em outros biomas. Mas a
quantidade de espécies endêmicas da Mata Atlântica é enorme. No entanto, a
situação dessa alta biodiversidade é extremamente grave, pois a maioria dos
animais ameaçados de extinção vive na Mata Atlântica.
A devastação da Mata Atlântica corre paralela à história
econômica do Brasil. Cada ciclo econômico correspondeu ao desaparecimento de
uma grande parcela da mata. Apesar de muitas áreas serem consideradas regiões
de preservação ambiental, esse bioma ainda sofre com o desmatamento. A Mata
Atlântica foi intensamente degradada por vários motivos. Podemos citar alguns:
- Ocupação urbana (mais da metade da população brasileira habita a costa do país);
- Crescente urbanização e industrialização;
- Produção cafeeira;
- Extração do pau-brasil; etc.
As florestas e demais ecossistemas que compõem a Mata
Atlântica são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água;
regulação e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e atenuação de
desastres; fertilidade e proteção do solo; produção de alimentos, madeira,
fibras, óleos e remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e preservar um
patrimônio histórico e cultural imenso.
Neste contexto, a conservação dos remanescentes de Mata
Atlântica e a recuperação da sua vegetação nativa tornam-se fundamentais para a
sociedade brasileira, destacando-se para isso áreas protegidas, como Unidades
de Conservação (SNUC – Lei nº 9.985/2000) e Terras Indígenas (Estatuto do Índio
– Lei nº 6001/1973), além de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal
(Código Florestal – Lei nº 12.651/2012). O bioma também é protegido pela Lei nº 11.428/2006, conhecida
como Lei da Mata Atlântica, regulamentada pelo Decreto nº 6.660/2008.