Metodologias Ativas na Educação
O docente inovador precisa ser criativo, articulador e, principalmente parceiro dos de seus alunos no processo de ensino aprendizagem. (MORAN; MASSETO e BEHRENS, 2013, p. 71).
O tema Metodologias Ativas na Educação precisa ser amplamente abordado, por isso o objetivo aqui será apenas introduzir o leitor ao assunto. De acordo com Moran (2018) metodologias ativas na educação é um processo de aprendizagem que associa a sala de aula mesclada as tecnologias de ensino ao considerar o virtual juntamente as demais atividades criativas e supervisionadas, ou seja, uma combinação de aprendizagem por
desafios, projetos, problemas reais. Esta concepção coloca os alunos como agentes de seu aprendizado.
Neste formato,
o aluno passa a ser incentivado como sujeito ativo na construção do saber, por
meio de estímulos sobre o conhecimento e análise de situações-problemas e ou de
seu cotidiano, fazendo a transferência do aprendizado a algo significativo para
a sua vida.
Os autores Fosnot e Dolk (2001) sobre o
contexto dos problemas que envolvem o “fazer sentido”, determinam como
conceitos pré-adquiridos, contexto histórico que as crianças trazem como
bagagem. Para que ela se sinta inserida em ambientes questionadores, precisa
que sejam apresentadas à elas, situações problemas que partam a priori, de sua
realidade e assim, passam a questionar suas próprias ações e as dos outros,
argumentado sempre sobre seus pensamentos.
Quando se há incentivos e intervenções que
propiciem esse desenvolvimento, por parte do professor, adulto atuante no
contexto escolar, a criança é capaz de ampliar o domínio de diversas situações,
desde realizações das mais diversas atividades, do uso das tecnologias, quanto
às dos diversos conceitos interdisciplinares.
De forma
geral, toda a aprendizagem é ativa devido ao fato de exigir do aluno e do
docente formas diferentes de movimentação em relação à aplicação dos
conteúdos. Entretanto, as metodologias ativas são caminhos para
avançar mais em relação ao conhecimento, na apropriação dos conteúdos, nas
competências socioemocionais, e em novas práticas de aprendizagem.
O docente
assume um papel de orientador, isto é, conduz a aula, todavia, o aluno passa a
ser o centro desse processo, onde dinamiza o aprendizado e se envolve nele de
forma relevante. Desta forma, o professor promove a inserção do aluno no
processo de ensino e aprendizagem deixando de ser um agente passivo, receptor que apenas
escuta o professor e neste formato ativo passa a contribuir, refletir criticamente
sobre aquilo que pretende aprender. É bom ressaltar que diminui aquele peso da
pedagogia tradicional, quando a aprendizagem não ocorre e a culpa é única e
exclusiva do docente. Na metodologia ativa o professor também é desafiado, logo
sua prática é ressignificada.
As
escolas que pretendem buscar novos caminhos devem necessariamente migrar seu formato didático-pedagógico (em alguns casos ensino tradicional/educação bancária) para modelos que valorizam a participação efetiva dos alunos (valorizar o protagonismo) na construção do
conhecimento e no desenvolvimento de competências e habilidades, possibilitando
que aprendam em seu próprio ritmo, tempo cognitivo, estilo e estética, através de diferentes
formas de experimentação e compartilhamento, dentro e fora da sala de aula.
Claro que é de suma importância a mediação de docentes inspiradores e
incorporação de todas as possibilidades do mundo digital, visto que se trata da
linguagem tecnológica do qual estão inseridos.
Não é mais
possível pensar educação sem essa parafernália do mundo digital. O mundo, ou
melhor, as pessoas estão conectadas por toda parte.
Além de
possuir aspectos relacionados à cidadania, as metodologias ativas possibilitam
aprender ativamente com problemas reais do mundo contemporâneo, desafios
relevantes, jogos, atividades, leituras, questões ética, combinando tempos
individuais e tempos coletivos; projetos pessoais de vida e de aprendizagem,
atividades em grupo, isto é uma aprendizagem colaborativa.
Enfim, quando
alunos exercem protagonismo na escolha de projetos articulados ao currículo, se
percebem como coparticipantes e não meros executores, em outras palavras, a
aprendizagem é mais significativa, os alunos ficam mais motivamos além de achar
sentido nas atividades, pois se engajam em projetos e trazem contribuições,
quando há diálogo sobre as atividades e a forma de realizá-las.
Referências:
FOSNOT, C.; DOLK, M. Young
mathematicians at work. [S.l.]: Kindle, 2001.
MORAN, José. BACICH, Lilian.
Metodologias Ativas para uma Educação
Inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A.
Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica.
Campinas: Papirus, 2013.
Ademir Junior: Pesquisador/Mestrando em Psicologia Educacional/Especialista em Educação
Colaboradora: Mara Valéria: Professora de Educação Física/EAD Especialista em Educação