sábado, 14 de julho de 2018

METODOLOGIAS ATIVAS NA EDUCAÇÃO

Metodologias Ativas na Educação 


O docente inovador precisa ser criativo, articulador e, principalmente parceiro dos de seus alunos no processo de ensino aprendizagem. (MORAN; MASSETO  e BEHRENS, 2013, p. 71).



O tema Metodologias Ativas na Educação precisa ser amplamente abordado, por isso o objetivo aqui será apenas introduzir o leitor ao assunto. De acordo com Moran (2018) metodologias ativas na educação é um processo de aprendizagem que associa a sala de aula mesclada as tecnologias de ensino ao considerar o virtual juntamente as demais atividades criativas e supervisionadas, ou seja, uma combinação de aprendizagem por desafios, projetos, problemas reais. Esta concepção coloca os alunos como agentes de seu aprendizado. 

Neste formato, o aluno passa a ser incentivado como sujeito ativo na construção do saber, por meio de estímulos sobre o conhecimento e análise de situações-problemas e ou de seu cotidiano, fazendo a transferência do aprendizado a algo significativo para a sua vida.


Os autores Fosnot e Dolk (2001) sobre o contexto dos problemas que envolvem o “fazer sentido”, determinam como conceitos pré-adquiridos, contexto histórico que as crianças trazem como bagagem. Para que ela se sinta inserida em ambientes questionadores, precisa que sejam apresentadas à elas, situações problemas que partam a priori, de sua realidade e assim, passam a questionar suas próprias ações e as dos outros, argumentado sempre sobre seus pensamentos.

Quando se há incentivos e intervenções que propiciem esse desenvolvimento, por parte do professor, adulto atuante no contexto escolar, a criança é capaz de ampliar o domínio de diversas situações, desde realizações das mais diversas atividades, do uso das tecnologias, quanto às dos diversos conceitos interdisciplinares.

De forma geral, toda a aprendizagem é ativa devido ao fato de exigir do aluno e do docente formas diferentes de movimentação em relação à aplicação dos conteúdos.  Entretanto, as metodologias ativas são caminhos para avançar mais em relação ao conhecimento, na apropriação dos conteúdos, nas competências socioemocionais, e em novas práticas de aprendizagem.

O docente assume um papel de orientador, isto é, conduz a aula, todavia, o aluno passa a ser o centro desse processo, onde dinamiza o aprendizado e se envolve nele de forma relevante. Desta forma, o professor promove a inserção do aluno no processo de ensino e aprendizagem deixando de  ser um agente passivo, receptor que apenas escuta o professor e neste formato ativo passa a contribuir, refletir criticamente sobre aquilo que pretende aprender. É bom ressaltar que diminui aquele peso da pedagogia tradicional, quando a aprendizagem não ocorre e a culpa é única e exclusiva do docente. Na metodologia ativa o professor também é desafiado, logo sua prática é ressignificada.

As escolas que pretendem buscar novos caminhos devem necessariamente migrar seu formato didático-pedagógico (em alguns casos ensino tradicional/educação bancária) para modelos que valorizam a participação efetiva dos alunos (valorizar o protagonismo) na construção do conhecimento e no desenvolvimento de competências e habilidades, possibilitando que aprendam em seu próprio ritmo, tempo cognitivo, estilo e estética, através de diferentes formas de experimentação e compartilhamento, dentro e fora da sala de aula. Claro que é de suma importância a mediação de docentes inspiradores e incorporação de todas as possibilidades do mundo digital, visto que se trata da linguagem tecnológica do qual estão inseridos.


Não é mais possível pensar educação sem essa parafernália do mundo digital. O mundo, ou melhor, as pessoas estão conectadas por toda parte.

Além de possuir aspectos relacionados à cidadania, as metodologias ativas possibilitam aprender ativamente com problemas reais do mundo contemporâneo, desafios relevantes, jogos, atividades, leituras, questões ética, combinando tempos individuais e tempos coletivos; projetos pessoais de vida e de aprendizagem, atividades em grupo, isto é uma aprendizagem colaborativa.
Enfim, quando alunos exercem protagonismo na escolha de projetos articulados ao currículo, se percebem como coparticipantes e não meros executores, em outras palavras, a aprendizagem é mais significativa, os alunos ficam mais motivamos além de achar sentido nas atividades, pois se engajam em projetos e trazem contribuições, quando há diálogo sobre as atividades e a forma de realizá-las.

 Referências:
FOSNOT, C.; DOLK, M. Young mathematicians at work. [S.l.]: Kindle, 2001.

MORAN, José. BACICH, Lilian. Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.


MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas: Papirus, 2013.


Ademir Junior: Pesquisador/Mestrando em Psicologia Educacional/Especialista em Educação
Colaboradora: Mara Valéria: Professora de Educação Física/EAD Especialista em Educação