sexta-feira, 30 de março de 2012

MÉTODOS INTERPRETATIVOS ESCATOLÓGICOS

MÉTODOS INTERPRETATIVOS ESCATOLÓGICOS











Pré-milenismo: Prega que o reino milenário do Messias será implantado na terra, material, social, política e religiosamente, por ocasião de sua volta e com a ressurreição dos justos. O reino  milenário terminará com a ressurreição e a condenação final dos  ímpios.

Arrebatamento Pré-Tribulacionista
Estes creem que a Igreja será arrebatada em qualquer tempo antes do início da septuagésima semana de Daniel, período de 7 anos que incluí o princípio das dores e a grande tribulação conforme Daniel 9:27 e Mateus 24:3-44. 
Os Pré-Tribulacionistas usam em geral os seguintes textos para defenderem suas posições:  1ºTes 1:9-10, 1ºTes 5:9, Co 1:9-11, 2 Pe 2:6-9, Ap 3:10. 






Arrebatamento Meso-Tribulacionista
Os que defendem esta posição creem que o arrebatamento da Igreja ocorrerá no final da primeira metade da septuagésima semana de Daniel, isto é, no final dos 3,5 anos iniciais. Textos usados:  Mc 13:3-13, Mc 13:19-23, Ap 6:1-17, Mt 24:31, Ap 11:15, Co 15:52 e 1ºTs 4:16.





Arrebatamento  Pós-Tribulacionista
Os que defendem esta posição creem que a Igreja não será transladada ao céu até que se cumpra os sete anos mencionados em Daniel 9:27.   Em outras palavras, a Igreja permanece na Terra em todo tempo da tribulação e grande tribulação ocorrendo o arrebatamento e a Segunda Vinda de Jesus Cristo seguido um do outro. Estes usam os seguintes textos para assim crerem: Mt 13:24-30 (36-43), Mt 13:47-50, Jo 5:28-29, Jo 11:21-24, Dn 12:1-2, Jo 15:18-19, Jo 16:1-2 e 33 e Ap 20:5:6.













segunda-feira, 26 de março de 2012

Auguste Comte e a Lei dos Três Estados


Auguste Comte e a Lei dos Três Estados



Foi um filósofo francês, nascido em Montpellier em 1798. Começou sua carreira ensinando matemática, depois tornou-se secretário de Saint-Simon. Nesta época, começou a escrever o livro curso de filosofia Positiva, que seria uma filosofia das ciências. De um lado, procede a uma classificação das ciências, por ordem de complexidade, de outro, formula a Lei dos Três estados, que caracterizam períodos da história humana.


A LEI DOS TRÊS ESTADOS
Os três estados, de acordo com a história humana, são:

Teológico: o estado onde Deus está presente em tudo, as coisas acontecem por causa da vontade dele. As coisas sem explicação são explicadas pura e simplismente por Deus. Esse estado tem outras três divisões:
- Animismo: as coisas da natureza tem sua própria “animação”, acontecem porque desejam isto, não por fatores externos, têm vida própria.
- Politeísmo: os desejos dos deuses são colocados em objetos, animais ou coisas.
- Moneísmo: os desejos do Deus (único), são expostos em coisas, acontecimentos.

Metafísico: no qual a ignorância da realidade e a descrença num Deus todo poderoso levam a crer em relações misteriosas entre as coisas, nos espíritos, como exemplo. O pensamento abstrato é substituído pela vontade pessoal.

Positivo: a humanidade busca respostas científicas todas as coisas. Este estado ficou conhecido como Positivismo. A busca pelo conhecimento absoluto, esclarecimento sobre a natureza e seus fatos. É o resultado da soma dos dois estágios anteriores.

terça-feira, 20 de março de 2012















DEFINIÇÃO DE TSUNAMI:

Tsunami - Termo (japonês) para exprimir o aparecimento brusco de ondas marinhas gigantes, provocando grandes estragos em regiões litorâneas: são relacionáveis com movimentos sísmicos que provocam mudanças do leito marinho, principalmente nas faixas marinhas do oceano Pacífico. 

Portanto, o tsunami é uma onda gigante gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira. A palavra vem do japonês “tsu” (porto, ancoradouro) e “nami” (onda, mar). As causa mais freqüentes na formação de ondas gigantes são os terremotos e erupções subaquáticas, assim como a queda de meteoritos que pode provocá-las.

O deslocamento de duas placas tectônicas no fundo do mar provoca um terremoto. O movimento interrompe o equilíbrio da água e forma ondas de até 160 km e 0,5 metro que se propagam a 800km/h. À medida que se aproximam do continente, a profundidade da água diminui, a velocidade da onda cai para 48 km/h, mas sua altura atinge de 5 a 10 metros. A grande massa de água provoca destruição na costa e ameaça a vida de quem estiver na faixa litorânea.






quarta-feira, 14 de março de 2012

Região de disputa Árabe Palestino x Israel


O Atentado Histórico de 11 de Setembro de 2001.



Cobertura do Jornal Nacional sobre os ataques terroristas suicidas de 11 de setembro, coordenados pela Al-Qaeda contra alvos civis nos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001. Na manhã deste dia, quatro aviões comerciais foram sequestrados, sendo que dois deles colidiram contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York. Um terceiro avião, o American Airlines Flight 77, foi direcionado pelos seqüestradores para uma colisão contra o Pentágono, no Condado de Arlington, Virgínia. Os destroços do quarto avião, que atingiria o Capitólio, o United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo norte-americano reporta que os passageiros enfrentaram os supostos seqüestradores e que, durante este ataque, o avião caiu. Os atentados causaram a morte de 3234 pessoas e o desaparecimento de 24.

Os Vikings e os Celtas - Parte 2


Os Vikings e os Celtas - Parte 1


terça-feira, 13 de março de 2012

ROTAS DO TRÁFICO NEGREIRO: LÍNGUAS




ROTAS DO TRÁFICO NEGREIRO: LÍNGUAS





















As populações africanas que vieram para o Brasil são principalmente de descendência da língua iorubá e banto.
Ø Iorubá: Gana, Togo, Benim, Nigéria e Camarões.
Ø Banto: Congo, Angola, Madagáscar e Moçambique
ØAssim boa parte dos brasileiros é descendentes desses povos africanos. 


segunda-feira, 12 de março de 2012

O LOBISOMEM E O CORONEL: LITERATURA DE CORDEL


Produzido com patrocínio da Petrobras, o curta-metragem de animação O lobisomem e o coronel mistura literatura de cordel, repente e computação gráfica. No filme, um violeiro cego dedilha um repente e narra uma história passada na fazenda de Benedito, um rico coronel da região. Em uma noite de lua cheia, a aparição de um lobisomem muda a vida dos moradores da cidade. Assista o vídeo.

Os Maias - Parte 2


Série Grandes Civilizações: Os Maias (Parte 1)


domingo, 11 de março de 2012

SOBRE O DESMATAMENTO:

Observe a representação da Mata Atlântica no Século XV e atualmente:
Mata Atlântica é o nome popular dado à floresta tropical atlântica que se distribui em milhares de fragmentos da região litorânea aos planaltos e serras do interior, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Originalmente, essa formação vegetal ocupava uma área de 1.300.000 km², em áreas de 17 estados (PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, ES, RJ, MG, GO, MS, SP, PR, SC, RS), ocorrendo de forma contínua entre RN e RS. Estreita na Região Nordeste, ela alargava-se para o Sul, até atingir sua largura máxima na bacia do Rio Paraná, penetrando, inclusive, no Paraguai e Argentina. Atualmente sua área fica em torno de 6 a 8% do original.

Os tipos climáticos da Mata Atlântica variam de quentes e úmidos a moderadamente frios. Tais climas são caracterizados por temperaturas altas, elevada umidade relativa do ar, precipitações abundantes, nevoeiros frequentes em algumas áreas e intensa luminosidade.

A exploração do pau – brasil marcou o processo da colonização portuguesa no século XVI. Quando os portugueses chegaram à América, a Mata Atlântica cobria cerca de 15% do território atual. Atualmente, há, aproximadamente, apenas 7% da cobertura original do território brasileiro. 

Dentro da riquíssima fauna desse bioma, algumas espécies como a onça pintada, onça parda, cateto, papagaios, corujas, queixada, anta e muitos outros, possuem ampla distribuição e são encontrados em outros biomas. Mas a quantidade de espécies endêmicas da Mata Atlântica é enorme. No entanto, a situação dessa alta biodiversidade é extremamente grave, pois a maioria dos animais ameaçados de extinção vive na Mata Atlântica.

A devastação da Mata Atlântica corre paralela à história econômica do Brasil. Cada ciclo econômico correspondeu ao desaparecimento de uma grande parcela da mata. Apesar de muitas áreas serem consideradas regiões de preservação ambiental, esse bioma ainda sofre com o desmatamento. A Mata Atlântica foi intensamente degradada por vários motivos. Podemos citar alguns:

  • Ocupação urbana (mais da metade da população brasileira habita a costa do país);
  • Crescente urbanização e industrialização;
  • Produção cafeeira;
  • Extração do pau-brasil; etc.

As florestas e demais ecossistemas que compõem a Mata Atlântica são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água; regulação e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e atenuação de desastres; fertilidade e proteção do solo; produção de alimentos, madeira, fibras, óleos e remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e preservar um patrimônio histórico e cultural imenso.
Neste contexto, a conservação dos remanescentes de Mata Atlântica e a recuperação da sua vegetação nativa tornam-se fundamentais para a sociedade brasileira, destacando-se para isso áreas protegidas, como Unidades de Conservação (SNUC – Lei nº 9.985/2000) e Terras Indígenas (Estatuto do Índio – Lei nº 6001/1973), além de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal (Código Florestal – Lei nº 12.651/2012). O bioma também é protegido pela Lei nº 11.428/2006, conhecida como Lei da Mata Atlântica, regulamentada pelo Decreto nº 6.660/2008.




sexta-feira, 9 de março de 2012

Imperialismo e Racismo - Tintin e o racismo







(Congoleses com as mãos decepadas por se negarem ao trabalho escravo de imposição belga)

Tintin e o racismo



Na sua representação do Congo belga, o jovem Hergé reflete as atitudes coloniais do tempo imperialista. Ele próprio admitiu que representou o povo africano (congolês) de acordo com os estereótipos paternalistas do período. Em seu projeto fica muito claro os propósitos propagandísticos de fazer com que crianças belgas sintiam-se orgulhosas pela missão civilizadora na África. 



Todavia Hergé esqueceu-se de retratar as ações imperialistas belgas sobre a população congolesa que ao se negarem trabalhar na extração de borracha e marfim eram duramente punidos. Ou seja, o rei belga Leopoldo II declarou em 1884, o Congo seu território particular, e mandava decepar as mãos dos congoleses que se recusavam a executar trabalho escravo. 


Isso, Hergé não retrata nas aventuras de Tintin no Congo - que vergonha!


quinta-feira, 8 de março de 2012

O Império Persa - Parte 2


O Império Persa - Parte 1


Capitalismo X Socialismo X Anarquismo X Comunismo


SOCIALISMO
O socialismo visa uma sociedade sem classes, onde bens e propriedades passam a ser de todos, ou seja, sem nenhum tipo de distinção. De forma que, a teoria socialista postula uma sociedade justa e igualitária, e isso pode ser realizado segundo as ideias marxista através da luta das classes do proletariado ao tomar posse dos meios de produção e controle de Estado através do que ele denomina ditadura do proletariado.
Também pode ser compreendido como uma fase de transição entre o capitalismo e o comunismo, pois nesta transição ocorre a extinção da propriedade privada, socialização dos meios de produção, economia planificada e, além disso, a tomada do poder por parte do proletariado.

O objetivo é acabar com as grandes diferenças econômicas entre os indivíduos, isto é, pobres e ricos. Após a instauração dessa ditadura do proletariado, não haveria mais hierarquização e dominação entre classes, alcançando, assim, a etapa mais desenvolvida das relações humanas, o comunismo.

CAPITALISMO
O capitalismo é um sistema econômico e político em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada com fins lucrativos. A dinâmica econômica se baseia no Liberalismo/Neoliberalismo (de acordo com o período histórico e sociedade), ou seja, a economia evolui livremente sem a intervenção do Estado. Os meios de produção (máquinas) são detidos por uma classe privilegiada (burguesia) em detrimento dos operários, que além de receber baixos salários não possuem compreensão da matéria-prima que é transformada e comercializada cujo objetivo é o lucro. 

COMUNISMO

Visa a criação de uma sociedade sem classes sociais, ou seja, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado. E ainda, defende a desapropriação das propriedades. Um fator importante para o surgimento deste modelo é a revolução do proletariado, fase está onde os trabalhadores assumem o controle do poder e dissolvendo o Estado.

ANARQUISMO
O Anarquismo pode ser compreendido como uma doutrina política que repousa no postulado de que os homens são, por natureza, bons e sociáveis, devendo organizar-se em comunidades espontâneas, sem nenhuma necessidade do Estado ou de um governo. O termo de origem grega ánarkhos, que quer dizer sem governo e sem poder repudia toda a ideia de autoridade contrária ao princípio da liberdade individual.
Trata-se de uma concepção política que condena a própria existência do Estado. "Repudiamos toda legislação, toda autoridade e toda influência privilegiada, patenteada, oficial e legal, mesmo oriunda do sufrágio universal, convencidos de que jamais poderá funcionar senão em proveito de uma minoria dominante e exploradora contra os interesses da imensa maioria submissa" (Bakunine).
A sociedade poderia viver sem as leis e restrições de um governo. Dessa maneira, poderia atingir o equilíbrio por meio da liberdade dos indivíduos representando o estado da sociedade ideal.
Assim, como conjunto de teorias sociais possuindo em comum a crença no indivíduo e a desconfiança relativamente aos poderes que se exercem sobre ele. O anarquismo aprova o que dizia Proudhon: "Ser governado é ser vigiado, inspecionado, espionado, dirigido, regulamentado, enquadrado, doutrinado, pregado, controlado, rotulado... por seres que não possuem nem a ciência nem a virtude". Na atualidade, o termo adquiriu uma simbologia negativa e equivocada em que muitas vezes associam a desordem ou à ausência de regras, utilizada como sinônimo de caos.

Glossário:
DEMANDA: Em economia, demanda, procura, ou "demandada" é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um dado mercado, durante uma unidade de tempo.
MAIS VALIA: é o termo famosamente empregado por Karl Marx à diferença entre o valor da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista.

PRÉ- SAL






                                           

O que é o pré-sal?
O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros.

As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.

Programa Doutor Pré-Sal - Petrobras


Entenda o pré-sal


terça-feira, 6 de março de 2012

Mesopotâmia - Parte 2


Mesopotâmia (Parte 1)



DESMATAMENTO: OS SERTÕES

“Esquecemo-nos, todavia, de um agente geológico notável o homem. Este, de fato, não raro reage brutalmente sobre a terra e entre nós, nomeadamente, assumiu, em todo o decorrer da história, o papel de um terrível fazedor de desertos. Começou isto por um desastroso legado indígena. Na agricultura primitiva dos silvícolas era instrumento fun­damental o fogo. Entalhadas as árvores pelos machados de pedra; encoivarados, depois de secos, os ramos, alastravam-lhes por cima, crepitando abertura de roçado, a qual se ateia fogo, em bulcão de fumo, tangidas pelos ven­tos. Inscreviam, depois, nas cercas de troncos combustos das galhadas, a área em cinzas onde fora a mata exuberante. Cultivavam-na. Re­novavam o mesmo processo na estação seguinte, até que, de todo exaurida aquela mancha de terra fosse, imprestável, abandonada em caapuera mato extinto como o denúncia a etimologia tupi, jazendo dali por diante irremediavelmente estéril porque, por uma circunstância digna de nota, as famílias vegetais que surgiam subsecutivamente no terreno calcinado eram sempre de tipos arbustivos enfezados, de todo distintos dos da selva primitiva. O aborígine prosseguia abrindo novas roças, novas derrubadas, novas queimas, alargando o círculo dos estragos em novas caapueras, que ainda uma vez deixava para formar outras noutros pontos, aparecendo maninhas, num evolver enfezado, inaptas para reagir com os ele­mentos exteriores, agravando, à medida que se ampliavam, os ri­gores do próprio clima que as flagelava, e entretecidas de carrascais, afogadas em macegas, espelhando aqui o aspecto adoentado do mato espinhoso que nasce sinistra, além a braveza convulsiva da caatinga brancacenta”.
“Veio depois o colonizador e copiou o mesmo proceder. Engravesceu-o ainda com o adotar, exclusivo, no centro do país, fora da estreita faixa dos canaviais da costa, o regime francamente pastoril. Abriram-se desde o alvorecer do século XVII, nos sertões abusivamente sesmados, enormíssimos campos, compáscuos sem divisas, estendendo-se pelas chapadas em fora. Abria-os, de idêntico modo, o fogo livremente aceso, sem aceiros, avassalando largos espaços, solto nas lufadas violentas do nordeste”.
“Aliou-se-lhe ao mesmo tempo o sertanista ganancioso e bravo, em busca do silvícola e do ouro. Afogado nos recessos de uma flora estupenda que lhe escurentava as vistas e sombreava perigosamente as tocaias do tapuia e as tocas do canguçu temido, dilacerou-a golpeando-a de chamas, para desafogar os horizontes e destacar bem perceptíveis, tufando nos descampados limpos, as montanhas que o norteavam, balizando a marcha das bandeiras.Ora, estas selvatiquezas atravessaram toda a nossa história. Ainda em meados deste século, no atestar de velhos habitantes das povoações ribeirinhas do São Francisco, os exploradores que em 1830 avançaram, a partir da margem esquerda daquele rio, carregan­do em vasilhas de couro Indispensáveis provisões de água, tinham, na frente, alumiando-lhes a rota, abrindo-lhes a estrada e devastando a terra, o mesmo batedor sinistro, o incêndio. Durante meses segui­dos viu-se no poente, entrando pelas noites dentro, o reflexo rubro das queimadas.Imaginem-se os resultados de semelhante processo aplicado, sem variantes, no decorrer de séculos...”.
CUNHA, Euclides da. Os Sertões: Campanha de Canudos. São Paulo: Martin Claret, 2002.

domingo, 4 de março de 2012

NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA


A Era do Gelo - Deriva dos Continentes: PANGEA





As ideias sobre a forma e a estrutura da Terra, desde a antiguidade, evoluíram muito devido ao aperfeiçoamento da navegação e dos conhecimentos científicos.
A substituição do conhecimento obtido por meio de conjeturas e tradições pelo que se origina da curiosidade, observação e experimentação, representam uma revolução na concepção do mundo.
No século passado, a teoria do cientista alemão Alfred Lothar Wegener,  baseava-se na Pangéia, e por muito tempo sendo vista como fantasiosa, sendo mencionada apenas nos cursos de geologia.
Segundo Alfred, os continentes atuais teriam outrora constituído um grande e único continente, do qual se originaram posteriormente os atuais continentes, deslizando e flutuando sobre o globo terrestre em todas as direções. Porém, não havia muita convicção na teoria de Alfred. A hipótese era tratada como algo sem comprovação científica dependendo da confirmação que possivelmente nunca seria obtida.
Tratava-se de medir alguns centímetros de diferenças por ano na largura do Oceano Atlântico. Hoje, com a tecnologia atual,  é possível medir essa diferença utilizando-se satélites artificiais, com emprego de raio laser ou por alguns processos indiretos largamente empregados.
Nos dias atuais, seria quase que  impossível por em dúvida a deriva dos continentes. O desenvolvimento dos recursos tecnológicos postos à disposição da ciência nos últimos anos, permitiu-nos a descoberta de processos e fenômenos extraordinários como, por exemplo, a inversão dos pólos magnéticos, o alargamento dos oceanos, a origem dos mais variados tipos de rochas, a estrutura interna da terra e muitos outros.
Desde os primórdios da civilização, o homem tenta entender a natureza dos fenômenos que o cerca e a descobrir leis que regem a dinâmica construtiva da estrutura e da conformação geográfica que hoje conhecemos, sabendo que há uma natureza  submarina viva em conexão com a deriva, até então desconhecida para o homem.
Um ecossistema que, não dependendo da ação fotossintética da luz, demonstra a enorme versatilidade da natureza em explorar todos os recursos da Terra para manifestar sua criatividade que o homem põe em risco, de maneira contínua e crescente, por desconhecer as leis que regem  o equilíbrio da natureza e por desprezar o papel que cada elemento vivo, (por pequeno ou oculto que seja) desempenha no funcionamento do mais complexo e integrado sistema jamais inventado que é a biosfera terrestre.

MAPA: TERRA BRASILIS












Muitos mapas da “Era dos Descobrimentos” carregam mensagens escondidas e se destacam pelo grande número de elementos pictóricos e simbólicos. Portanto, muitos historiadores têm tratado esses documentos não-verbais como fonte secundária, visto que registros arquivais continuam sendo considerados o material predominante para interpretar o passado. Nas últimas duas décadas surgiu uma visão diferente sobre mapas históricos segundo a qual mapas são vistos como construções socioculturais no contexto da época e sociedade em que foram produzidos. O fascínio pelos mapas está na leitura “entre as linhas de sua imagem” nas quais o historiador e o geógrafo podem encontrar ambivalências inerentes, agendas escondidas e visões de mundo contrastantes. No presente artigo, realizar-se-á uma breve interpretação do “texto” e contexto de um dos mapas históricos do Brasil mais fascinantes e icônicos, o chamado Terra Brasilis, que foi produzido na véspera da circunavegação de Fernão de Magalhães, em 1519. O mapa faz parte do Atlas Miller, uma coletânea de onze mapas em pergaminho que leva o nome do seu último dono, o francês Bénigne-Emanuel Clément Miller, cuja viúva o vendeu para a Biblioteca Nacional Francesa em 1897. O Atlas foi confeccionado pelos cartógrafos portugueses Pedro (pai) e Jorge Reinel (filho) que o cartógrafo oficial na corte portuguesa, Lopo Homem, contratou para “preparar urgentemente um atlas magnífico, registrando os descobrimentos portugueses”. Embora elaborado menos do que vinte anos depois da viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, o Terra Brasilis já mostra mais do que cem referências espaciais, escritas perpendicularmente ao traçado da costa brasileira. Entre as localidades em letras vermelhas e marrons encontram-se rios, cabos e pontos marcantes na paisagem que os navegadores portugueses denominaram, na sua maioria, de acordo com as suas observações diretas (por exemplo, Terra da Pescarya ou Rio das Pedras) ou seu estado espiritual (nomes religiosos como Santo Agostinho ou São Roque).


No lado superior da esquerda encontra-se um cartouche (moldura ornamental) preenchido com um texto em latim que informa que a carta “é da região do Grande Brasil” cuja “gente selvagem e crudelíssima” é de cor “um tanto escura” e se alimenta de carne humana. Os índios usam, “de modo notável”, o arco e a flecha. Ainda há referências à fauna brasileira com os seus “papagaios multicores e outras inúmeras aves, feras monstruosas” e “muitos gêneros de macacos”. A árvore chamada de pau-brasil ocorre em grande quantidade e “é conveniente para tingir o vestuário com a cor de púrpura”. Essa descrição é ilustrada através de diversos desenhos que retratam as paisagens e cenas da vida nativa. No meio da floresta há três índios vestidos de saias e cocares feitos de penas coloridas (verde, azul e vermelho). Diretamente em baixo dessa cena aparecem quatro índios nus envolvidos no processo de preparação do pau-brasil, desde a queima do tronco e o corte da árvore com um machado até o carregamento dos pedaços para uma clareira. A parte ocidental do Brasil abunda com animais como papagaios (vermelho, azul e verde), macacos e outros quadrúpedes, entre eles uma criatura semelhante a um dragão. Emblemas da coroa portuguesa estão onipresentes. Há seis caravelas sob a vela da cruz cristã que “harmoniosamente estão equilibrando a composição da imagem”. No meio do Oceano Atlântico constam várias bandeiras portuguesas que acusam as ilhas de Fernando de Noronha, Martim Vaz, Trindade, Santa Helena e Ascensão como território português. Seguindo o padrão das cartas náuticas dos séculos XIV e XV (cartas portulano), o Terra Brasilis contém várias rosas dos ventos com 32 direções das quais partem linhas de rumo.


Não há muitas informações sobre a vida dos cartógrafos portugueses dos séculos XVI e XVII. Sobreviveram ainda menos os detalhes sobre como eles organizaram e atualizaram suas cartas. Os mapas não “surgiram do nada”, mas se basearam nos relatos de viagem dos navegadores e nas informações contidas em mapas mais antigos como, por exemplo, o Planisfério de Cantino (1502), que representava o Brasil literalmente como Terra dos Papagaios. Portanto, o que surpreende é que há uma “ausência total de mapas portugueses do tempo anterior a 1500”. Essa lacuna se deve à “política de silêncio” das coroas portuguesa e espanhola que censuravam qualquer tipo de informação que poderia pôr em risco o monopólio do seu comércio na África, na Índia e no Novo Mundo. Espanha e Portugal controlaram e centralizaram os conhecimentos geográficos e os saberes cartográficos através dos serviços hidrográficos da Casa da Contratación em Sevilha e da Casa da Índia em Lisboa. Cada país criou o seu “padrão real”, um mapa geral atualizado e padronizado que continha todas as informações que os capitães foram obrigados a fornecer logo depois de retornar das suas viagens. Essa política de silêncio resultou em um complexo enredo geopolítico com histórias de espionagem, traição, propostas sedutoras para melhorar o salário, contratações clandestinas, suborno, diplomacia e pirataria.


O Terra Brasilis foi confeccionado como presente de João III de Portugal para Francisco I da França, e não servia apenas como fontes de dados essenciais para a navegação, mas também como “objeto de desejo” para impressionar o potentado francês. Um brasão da coroa portuguesa indica que a região do Rio da Prata pertencia a Portugal e não à Espanha. Um índio que se apóia nos seus calcanhares, estica os seus braços em um gesto de veneração e vigia o estuário do rio.


Essa breve análise do Terra Brasilis está longe de ser completa e tinha como objetivo mostrar o potencial de mapas históricos como fontes documentais. Muitos mapas do tempo dos “Descobrimentos” são menos representações do espaço e mais espaços de representação que revelam detalhes sobre uma sociedade e como essa lidava com informações geográficas. Caravelas, bandeiras e imagens coloridas são muito mais do que meros desenhos: eles não apenas refletem, mas também criam visões de mundo. A interpretação desses mapas sempre está sujeita a especulações e requer paciência e o treinamento do olhar para realizar leituras “entre as linhas”. Através desta abordagem contextual, será possível pensar a cartografia como uma narrativa que relata histórias, eventos e pontos de vista essenciais para a compreensão das ações humanas no tempo e no espaço. Vale também perceber o início do desmatamento da costa brasileira.

Ainda sobre o mapa Terra Brasilis é possível que como presente apaziguou os ânimos entre os monarcas. Segundo minha pesquisa havia traficantes franceses que exploravam produtos na Colônia e teriam sido expulsos e atacados pelos portugueses. Como retaliação o monarca francês determinou o ataque aos navios portugueses. Por fim, o mapa Terra Brasilis, e ainda outros subornos foram dados ao monarca da França, a fim de reestabelecerem a harmonia.

Como funciona a inversão térmica - parte 3

Como funciona a inversão térmica - parte 2

Como funciona a inversão térmica - parte 1

Raios Solares

Mudanças Climáticas

sábado, 3 de março de 2012

Charge sobre o Imperialismo na China



No século XIX, a China sofreu com a ação imperialista de vários países. A imagem abaixo é uma charge do artista Henri Meyer, publicada no periódico francês Petit Journal, em 1898.

Na imagem os representantes de algumas potências imperialistas repartem fatias do que parece ser uma torta ou uma pizza, onde se lê China. Sentados à mesa, da esquerda para a direita é possível analisar:



A rainha Vitória, da Inglaterra olhando o kaiser Guilherme II, da Alemanha; (estão se olhando ameaçadoramente porque a Inglaterra tinha domínio  da China, enquanto a Alemanha recém formada, se tornou uma ameaça); o czar Nicolau II (Rússia) observa atentamente a pizza/torta e o imperador Mutsuhito (Japão) sem portar uma faca, apenas observa a partilha com um olhar preocupado acerca do que vai sobrar.

Os três primeiros seguram facas (INGLATERRA, ALEMANHA e RÚSSIA). Atrás do czar Nicolau II, a França é representada por uma mulher que usa na cabeça o (barrete frígio/touca ou carapuça), ou seja, um símbolo utilizado na época da Revolução Francesa.

Em pé esta o imperador chinês aflito e impotente por não querer a divisão de seu país entre as potências imperialistas.

De acordo com as autoras Silva e Silva (2009) “não há imperialismo, mas imperialismos”. Todavia, para uma breve compreensão do período histórico é possível definir como “disputas por fontes de matérias-primas de alguns países que precisavam se expandir para além de suas fronteiras de forma concomitante aos países concorrentes”.

Referências:

CORNELL UNIVERSITY LIBRARY. China - the Cake of Kings. Disponível em: https://digital.library.cornell.edu/catalog/ss:3293809. Acesso em: 17 de jul. de 2018.
SILVA, kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto, 2009.


Cite este trabalho

SANTOS JUNIOR, Ademir B. dos. Charge sobre o Imperialismo na China. Blogger, 2019. Disponível em: <https://profademirjunior.blogspot.com/2019/08/competencias-e-habilidades-que-o-aluno.html>.Acesso em:

sexta-feira, 2 de março de 2012

Civilização Asteca parte 2

Civilização Asteca parte 1

O Império Inca - Parte 2

O Império Inca - Parte 1

O Império Bizantino - Parte 2

O Império Bizantino - Parte 1

HEBREUS - PARTE 2

História dos Hebreus - parte 1

Civilização Asteca parte 2

Civilização Asteca parte 1

ANTIGO EGITO - PARTE 2

ANTIGO EGITO - PARTE 1

A ÍNDIA - PARTE 2

Legião Urbana - A Canção do Senhor da Guerra

Sobre o uso de crianças e adolescentes nas guerras

Existe alguém
Esperando por você
Que vai comprar
A sua juventude
E convencê-lo a vencer...
Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente
Que a guerra gera empregos
Aumenta a produção...
Uma guerra sempre avança
A tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Prá que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros
Na exportação...
Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...
E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...
Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...
Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...
O senhor da guerra
Não gosta de crianças...(6x)