domingo, 11 de março de 2012

SOBRE O DESMATAMENTO:

Observe a representação da Mata Atlântica no Século XV e atualmente:
Mata Atlântica é o nome popular dado à floresta tropical atlântica que se distribui em milhares de fragmentos da região litorânea aos planaltos e serras do interior, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Originalmente, essa formação vegetal ocupava uma área de 1.300.000 km², em áreas de 17 estados (PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, ES, RJ, MG, GO, MS, SP, PR, SC, RS), ocorrendo de forma contínua entre RN e RS. Estreita na Região Nordeste, ela alargava-se para o Sul, até atingir sua largura máxima na bacia do Rio Paraná, penetrando, inclusive, no Paraguai e Argentina. Atualmente sua área fica em torno de 6 a 8% do original.

Os tipos climáticos da Mata Atlântica variam de quentes e úmidos a moderadamente frios. Tais climas são caracterizados por temperaturas altas, elevada umidade relativa do ar, precipitações abundantes, nevoeiros frequentes em algumas áreas e intensa luminosidade.

A exploração do pau – brasil marcou o processo da colonização portuguesa no século XVI. Quando os portugueses chegaram à América, a Mata Atlântica cobria cerca de 15% do território atual. Atualmente, há, aproximadamente, apenas 7% da cobertura original do território brasileiro. 

Dentro da riquíssima fauna desse bioma, algumas espécies como a onça pintada, onça parda, cateto, papagaios, corujas, queixada, anta e muitos outros, possuem ampla distribuição e são encontrados em outros biomas. Mas a quantidade de espécies endêmicas da Mata Atlântica é enorme. No entanto, a situação dessa alta biodiversidade é extremamente grave, pois a maioria dos animais ameaçados de extinção vive na Mata Atlântica.

A devastação da Mata Atlântica corre paralela à história econômica do Brasil. Cada ciclo econômico correspondeu ao desaparecimento de uma grande parcela da mata. Apesar de muitas áreas serem consideradas regiões de preservação ambiental, esse bioma ainda sofre com o desmatamento. A Mata Atlântica foi intensamente degradada por vários motivos. Podemos citar alguns:

  • Ocupação urbana (mais da metade da população brasileira habita a costa do país);
  • Crescente urbanização e industrialização;
  • Produção cafeeira;
  • Extração do pau-brasil; etc.

As florestas e demais ecossistemas que compõem a Mata Atlântica são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água; regulação e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e atenuação de desastres; fertilidade e proteção do solo; produção de alimentos, madeira, fibras, óleos e remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e preservar um patrimônio histórico e cultural imenso.
Neste contexto, a conservação dos remanescentes de Mata Atlântica e a recuperação da sua vegetação nativa tornam-se fundamentais para a sociedade brasileira, destacando-se para isso áreas protegidas, como Unidades de Conservação (SNUC – Lei nº 9.985/2000) e Terras Indígenas (Estatuto do Índio – Lei nº 6001/1973), além de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal (Código Florestal – Lei nº 12.651/2012). O bioma também é protegido pela Lei nº 11.428/2006, conhecida como Lei da Mata Atlântica, regulamentada pelo Decreto nº 6.660/2008.