As ideias sobre a forma e a estrutura da Terra, desde a antiguidade, evoluíram muito devido ao aperfeiçoamento da navegação e dos conhecimentos científicos.
A substituição do conhecimento obtido por meio de conjeturas e tradições pelo que se origina da curiosidade, observação e experimentação, representam uma revolução na concepção do mundo.
No século passado, a teoria do cientista alemão Alfred Lothar Wegener, baseava-se na Pangéia, e por muito tempo sendo vista como fantasiosa, sendo mencionada apenas nos cursos de geologia.
Segundo Alfred, os continentes atuais teriam outrora constituído um grande e único continente, do qual se originaram posteriormente os atuais continentes, deslizando e flutuando sobre o globo terrestre em todas as direções. Porém, não havia muita convicção na teoria de Alfred. A hipótese era tratada como algo sem comprovação científica dependendo da confirmação que possivelmente nunca seria obtida.
Tratava-se de medir alguns centímetros de diferenças por ano na largura do Oceano Atlântico. Hoje, com a tecnologia atual, é possível medir essa diferença utilizando-se satélites artificiais, com emprego de raio laser ou por alguns processos indiretos largamente empregados.
Nos dias atuais, seria quase que impossível por em dúvida a deriva dos continentes. O desenvolvimento dos recursos tecnológicos postos à disposição da ciência nos últimos anos, permitiu-nos a descoberta de processos e fenômenos extraordinários como, por exemplo, a inversão dos pólos magnéticos, o alargamento dos oceanos, a origem dos mais variados tipos de rochas, a estrutura interna da terra e muitos outros.
Desde os primórdios da civilização, o homem tenta entender a natureza dos fenômenos que o cerca e a descobrir leis que regem a dinâmica construtiva da estrutura e da conformação geográfica que hoje conhecemos, sabendo que há uma natureza submarina viva em conexão com a deriva, até então desconhecida para o homem.
Um ecossistema que, não dependendo da ação fotossintética da luz, demonstra a enorme versatilidade da natureza em explorar todos os recursos da Terra para manifestar sua criatividade que o homem põe em risco, de maneira contínua e crescente, por desconhecer as leis que regem o equilíbrio da natureza e por desprezar o papel que cada elemento vivo, (por pequeno ou oculto que seja) desempenha no funcionamento do mais complexo e integrado sistema jamais inventado que é a biosfera terrestre.