O historiador
e escritor Eric J. Hobsbawm era de descendência judaica, nasceu no Egito em
1917. Neste período o Egito era um protetorado (período de domínio) inglês. Após
a morte de seus pais foi criado pela tia materna, mudando-se para Londres, por
causa da perseguição nazista.
Na sua
obra a Era dos Impérios relata o período entre 1875 – 1914, começando pela dicotomia
global entre países desenvolvidos e países não desenvolvidos analisando até o
início da Primeira Guerra Mundial.
Neste
livro, destaca-se que o período foi uma corrida entre impérios europeu e
estadunidense em busca da dominação territorial da África e Ásia (região do Pacífico),
para implementação de indústrias, exploração dos recursos (matérias – primas) e
mercado consumidor, em outras palavras, a visão imperialista de ampliar os negócios
por meio de exploração.
De
acordo com sua pesquisa, as potências objetivaram explorar territórios em busca
de mão de obra barata, conquistar novos mercados e o principal de tudo à busca
de matérias primas no continente africano e asiático.
Como consequência
imediata das ações imperialistas, os povos africanos tiveram seus territórios
distribuídos entre os impérios: britânico, francês, belga, alemão, português, e
ainda o espanhol mesmo que em menor escala. Potências como a França foi quem
ocupou a maior parte da África Ocidental, no entanto a parte mais produtiva
ficou com os britânicos.
Foi
um período que prevaleceu o interesse das potencias europeias e da burguesia
capitalista que se justificava por meio do discurso ideológico civilizatório,
cientificista, religioso priorizando a posição de superioridade, isto é, sendo
superiores aos povos de pele escura favorecendo a política imperialista em
detrimentos das sociedades já existentes, quer seja no continente africano como
na região na Ásia.
A
divisão dos territórios e a disputa entre as grandes potenciais, a expansão
capitalista e dominação europeia na África e Ásia desembocou em drásticas
consequências, podemos citar, a Primeira Guerra Mundial.