Independência
da América Espanhola
A partir do
século XVI, a Espanha colonizou várias regiões da América. O sistema de
colonização espanhola baseado na exploração dos recursos naturais e minerais
das áreas dominadas. Os povos americanos (incas, astecas, maias e outros
nativos) foram dominados, perderam suas terras e tiveram que seguir a cultura
imposta pelos espanhóis. Estes povos nativos também tiveram que trabalhar de
forma forçada para os colonizadores da Espanha.
No campo econômico o controle da metrópole sobre as colônias americanas
era rígido. Os colonos só podiam comprar e vender produtos da Espanha.
O fator mais importante pela
colonização espanhola foi à mineração que provinham especialmente da Bolívia, a
prata e também o ouro de outras colônias.
A mineração
foi responsável pelo crescimento de outras colônias que eram ligadas, como, a
agricultura e a criação de gado necessário para o consumo de quem trabalhava
nas minas. Quando a
mineração decaiu, a pecuária e a agricultura, passaram a ser as atividades
básicas da América Espanhola.
Em alguns
lugares como Cuba, Haiti, Jamaica e outras ilhas do Caribe, houve exploração do
trabalho escravo negro, porém, de modo geral o sistema de produção na América
Espanhola se baseou na exploração do trabalho indígena.
Os indígenas
eram arrancados de suas comunidades e forçados ao trabalho temporário nas
minas, pelo qual recebiam um salário miserável. Como eram mal alimentados e
tratados com violência a maioria dos indígenas morriam muito rápido.
O processo de
independência ganhou força no começo do século XIX, aproveitando a fragilidade
política em que se encontrava a Espanha, após a invasão das tropas
napoleônicas. As lutas pela independência ocorreram entre os anos de 1810 e
1833.
Diante da
exploração e injustiças adotas pela Espanha na América, a partir do século
XVIII começa a brotar um movimento de resistência nas colônias, liderado pelos
criollos. Estes eram filhos de espanhóis nascidos na América.
Além dos laços
culturais que tinham com o continente americano, viam na independência uma
forma de obtenção de poder político. Muitos destes criollos eram comerciantes
e, através da independência poderiam obter liberdade para seus negócios,
aumentando assim seus lucros.
Vale lembrar
também que muitos crioulos estudaram na Europa, onde tomaram contato com os ideais de liberdade propagados pelos iluministas.
Tudo isso
acabou aumentando o grau de insatisfação e revolta da população americana com o
domínio espanhol que havia atingido o ponto máximo no começo do século XIX. Organizados,
os crioulos conseguiram organizar movimentos emancipacionistas em todos os
vice-reinos.
As colônias
estavam divididas administrativamente em quatro vice-reinos (Nova Granada, Nova
Espanha, Rio da Prata e Peru) e quatro capitanias-gerais (Chile, Venezuela,
Guatemala e Cuba).
Após o
processo de independência, estes vice-reinos foram divididos e tornaram-se
países. O vice-reino do Rio da Prata, por exemplo, transformou-se, após ser
dividido, nos atuais: Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai.
México: 1821
Peru: 1821
Argentina: 1816
Paraguai: 1813
Uruguai: 1815
Venezuela:
1811
Bolívia: 1825
Colômbia: 1811
Equador: 1811
Chile: 1818
Nesse contexto
surgiram lideres como:
José de San
Martín: general argentino, foi decisivo nos processos de independência da
Argentina, Chile e Peru.
Simón Bolivar: militar e político venezuelano, foi de fundamental importância nos processos de independência da Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Panamá e Peru. Ganhou em 1813, na Venezuela, o título honorífico de Libertador.
Os resultados
conquistados foram:
Ascensão
política dos crioulos nas ex-colônias.
Conquista da
liberdade econômica, que favoreceu financeiramente e politicamente a
aristocracia.
Criação de
dependência econômica com relação à Inglaterra, maior potência mercantil do
século XIX.
Infelizmente,
a independência política não significou a diminuição das desigualdades e
injustiças sociais nas ex-colônias espanholas. A pobreza e miséria continuaram
como realidade para grande parte da população.
Instalação do
sistema republicano em que, através das eleições, as elites se perpetuavam no
poder.