terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


PRIMAVERA ÁRABE

O conjunto de manifestações populares pró – democrácia vem sendo chamada por jornalistas e historiadores e outros cientistas sociais de "Primavera árabe", no entanto, o termo se refere ao sentido político, portanto não se relaciona a estação que se inicia no equinócio de setembro com término no solstício de dezembro.
Tais manifestações tem como objetivo questionar os regimes autoritários que ocorrem em diversos países árabes do Oriente Médio, por exemplo como Síria, Iêmen, Líbia, Egito, etc.
Os primeiros protestos ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a autoimolação de Mohamed Bouazizi - forma direta de protesto contra a corrupção policial, maus tratos e principalmente pela decepção e falta de perspectiva sobre o futuro político. Posteriormente os protestos na Tunísia derrubaram do poder o presidente Zine el-Abdine Ben Ali. O resultado inesperado foi a geração de uma onda de instabilidade atingindo a Argélia, Jordânia, Egito, Iêmen, e Síria - países que ocupam espaço nos noticiários das mídias em geral.
Um dos principais objetivos depois que os movimento ganharam maior conotação na política interna, somado ao apoio dos países democráticos ocidentais consistem na queda dos líderes autoritários - concatenando ao processo de transição para gestões mais democráticas.Também é importante dizer sobre o uso das redes sociais como forma de agendarem lugar e hora das manifestações, entretanto esse tema ainda precisa ser melhor avaliado para sabermos de fato qual foi, ou esta sendo o impacto desse tipo de mídia como forma de protesto.
Cabe ainda pensarmos que a "Primavera árabe" parece inacabada - no caso do Egito, após a queda do ditador Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, o país continua passando por um processo de conflito político entre militares que ainda se mantêm na estrutura política de poder acirrando a disputa com a Irmandade Muçulmana, este grupo político conquistou certo favoritismo nas apurações iniciais do pleito parlamentar.
Na Líbia demorou bem mais até derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador estava no poder na região desde 1969. O país se envolveu em uma violenta guerra civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades dominadas pelo regime de Kadafi. Trípoli, a capital, caiu em agosto. Dois meses depois Kadafi seria capturado e morto em um buraco em Sirte, sua cidade natal.
As ondas de protestos também levaram a queda o ditador Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar gravemente ferido em um atentado contra a mesquita do palácio presidencial em Sanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou então um governo de reconciliação nacional. A saída negociada de Saleh foi também fruto de pressão popular.
Enfim, a bola da vez parece ser a resistência Síria, por estar sofrendo uma onda de manifestações populares reprimidas pelas forças de segurança nacional ordenadas pelo seu representante e ditador Bashar Assad. É certo que na Síria, a onda de protesto esta sendo monitorada por vários observatórios articulados aos Direitos Humanos que denunciam o massacre sofrido pelos manifestantes. O governo de Bashar Assad segue resistente e parece não se importar com os pareceres discutidos na ONU. É fato que a "Primavera" na Síria continuará repercutindo nas mídias em geral.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: